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terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

ADORNO DESTAS CASAS


Do estremo brilho destas janelas,
das pedras solenes pétreas pontes,
adorno das casas das querelas,
álgidas manhãs das toscas fontes.

Do toque longínquo dobre da tarde,
ganido do cão da brenha da relva,
clamor do silêncio da sobretarde,
dos canteiros, verves alegres selva.

Cântico exausto da pradaria,
lascivos destes uivos às pias almas,
rezando sozinhas da ave Maria.

Cavalgam avejões dos brios às lápides,
os pássaros, quase luz das palmas,
anunciando morto pranto lides.


Eric Ponty